O Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) anunciou, esta semana, oficialmente, o fim de sua coligação com o ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, em um desfecho marcado por acusações mútuas e descontentamento. A relação, que começou em 21 de Agosto de 2024, foi encerrada após a alegação de quebra de confidencialidade por parte de Venâncio, conforme declarado pelo presidente do PODEMOS, Albino Forquilha.
Durante a décima sessão do conselho político, o PODEMOS expressou que Mondlane havia comprometido a integridade do acordo ao divulgar detalhes da coligação nas redes sociais, o que, segundo eles, configurou uma traição ao coletivo. Além disso, o partido acusou Mondlane de denegrir sua imagem publicamente, exacerbando as tensões entre os dois lados.
Em resposta, Venâncio Mondlane, através de seu assessor jurídico, Dinis Tivane, já havia manifestado o desejo de romper a parceria, citando supostas traições por parte de Forquilha como justificativa para sua decisão. A reviravolta acontece em um momento delicado para ambos os lados, que se beneficiaram do acordo durante as eleições de 09 de outubro de 2024, onde o PODEMOS emergiu como o segundo partido mais votado, conquistando 43 assentos na Assembleia da República e superando partidos tradicionais como a RENAMO e o MDM.
A separação entre PODEMOS e Venâncio levanta questões sobre o futuro político de ambos os grupos e como a divisão poderá impactar suas estratégias nas próximas eleições. Enquanto o PODEMOS busca consolidar seu novo status no cenário político moçambicano, Mondlane poderá ter que reavaliar sua posição e alianças para continuar sua trajectória política.
Com a ruptura oficializada, a expectativa agora recai sobre os próximos passos de cada parte envolvida e como esse desenrolar afectará a dinâmica política em Moçambique.
