Maputo (O Destaque) – O Presidente da República, Daniel Chapo, trouxe a público a sua perspectiva sobre o Processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR), destacando a sua singularidade a nível global. Em declarações feitas na Presidência da República, no âmbito das celebrações dos 50 anos de independência, Chapo destacou que o modelo moçambicano oferece um benefício inédito para os ex-guerrilheiros: uma pensão vitalícia custeada pelo Orçamento do Estado.
Em resposta às recentes críticas dirigidas ao projecto DDR, o Chefe de Estado desafiou a comparação com modelos internacionais, afirmando que nenhum outro programa oferece tal garantia. “Podem investigar, a nível do mundo, para ver se vão encontrar um modelo igual, não há. Nós somos os únicos a nível do mundo em que vemos guerrilheiros de um movimento de guerra, que terminada a guerra, houve um processo de desmobilização, desarmamento, redireção e recebem pensões pelo Orçamento do Estado”, afirmou Chapo.
O Presidente reconheceu que a satisfação em torno do DDR pode não ser unânime, mas reiterou a necessidade de uma reconciliação nacional abrangente. Segundo Chapo, este processo de reconciliação é viável com o contexto actual do diálogo nacional inclusivo, que ele considera fundamental para o progresso do país.
Chapo sublinhou ainda a sua convicção de que “não há nenhum desenvolvimento sem paz e segurança”, reiterando que estes são os pilares da sua governação. A prioridade da paz e segurança foi um tema recorrente nas suas recentes intervenções, reforçando a importância do DDR como um passo crucial para a estabilidade.
