Quatro portagens em Gaza serão suspensas por inviabilidade financeira

Quatro portagens em Gaza serão suspensas por inviabilidade financeira

Gaza (O Destaque) –A província de Gaza, verá a suspensão de quatro portagens a partir de meados de junho, um número superior às três inicialmente anunciadas. A Rede Viária de Moçambique (Revimo), concessionária responsável, explicou que a medida se deve à insustentabilidade das tarifas cobradas, que têm gerado prejuízos significativos.

Sérgio Nhancale, porta-voz da Revimo, em entrevista, destacou que a expectativa de um aumento no fluxo de tráfego, após a reabilitação das estradas, não se concretizou. “O que acontece é que estes investimentos que estavam na carteira do Governo acabaram não sendo realizados. As projeções incluíam o crescimento do tráfego, que é o elemento primário para a viabilidade do negócio. Portanto, aquilo que foi projectado não aconteceu“, afirmou Nhancale, sublinhando o impacto da falta de investimentos adicionais na infraestrutura viária.

Outro fator crítico para a inviabilidade foi a diferença entre as taxas de portagem previstas nos estudos de viabilidade e as efectivamente aprovadas. Para veículos da classe 1, a projeção era de 150 meticais, mas a tarifa aprovada foi de apenas 50 meticais. Da mesma forma, para veículos pesados (classe 4), o valor previsto de 1125 meticais foi reduzido para 1000 meticais. “Nós reconhecemos quatro classes de viaturas… para as viaturas da classe 1, o modelo previa a cobrança de 150 meticais, no entanto, a taxa aprovada foi de 50 meticais… para a classe 4, que é para as viaturas pesadas, o modelo previa 1125, mas a taxa aprovada foi de 1000 meticais“, detalhou Nhancale.

Questionado sobre o valor perdido com a construção das portagens e a reabilitação das estradas, o porta-voz da Revimo indicou que o governo irá discutir os mecanismos de compensação. “Há um trabalho que vai ser feito, que vai trabalhar na implementação, olhando para a situação da Revimo, da operação destas estradas e discutir os mecanismos de compensação. A suspensão é na ideia de que os troncos não são viáveis e o Governo vai tomar, em princípio, a operação destas infraestruturas“, explicou Sérgio Nhancale, apontando para uma possível transição da operação dessas infraestruturas para o governo.

Em relação às portagens danificadas durante os protestos pós-eleitorais em Maputo, as de Cumbeza e Mahubo permanecem inoperacionais. A previsão é que ambas voltem a operar a partir de julho próximo.

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